quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Liga dos Últimos - 10 Melhores Momentos

O nosso carismático amigo João Silva arrecadou a medalha de prata dos 10 melhores momentos da Liga do Últimos...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Recuperação de cruzeiros

No lugar de Santo Aleixo, está em recuperação um conjunto de cruzeiros que estavam desde há muito tempo esquecidos e abandonados.
Por iniciativa da paróquia de São salvador e da junta de freguesia do Burgo irá proceder-se à sua total recuperação.
É um conjunto de 6 cruzeiros, se não me falham as contas, que irão agora ser merecedores de uma atenção especial de quem passa; ficam mesmo ao lado da nova variante no lugar do Santo Aleixo.
Não sei, ao momento, os dados e informações históricas dos mesmos, mas tentarei adquirir mais informações que posteriormente postarei

Parabéns às entidades responsáveis e aqui fica a noticia

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Senhor Doutor... eh eh eh


Formatura
O jovem Nuno Miguel Rocha, de 27 anos de idade, natural e residente na freguesia de Arouca, terminou, recentemente, a licenciatura em Economia, na Universidade Lusíada do Porto, com elevada qualificação.
Ao novo doutor os nossos votos de felicidades presentes e futuras.

Tertúlia Arouquense

sábado, 17 de novembro de 2007

Arouca, uma das regiões mais filmadas de Portugal


Este fim-de-semana decorre em Arouca, mais propriamente no Cinema Globo d’Ouro, o V Arouca International Film Festival, que o seu Director, nosso amigo e colega de tertúlia João “Rita”, confessa tratar-se de um sonho realizado e de uma realidade com “pernas para andar”. De tal forma que, já não chega realizar um Festival de Cinema, ainda que Internacional. Um argumento para «levar o nome de Arouca ao mundo como também trazer o mundo a Arouca». Será pretensão a mais?

E que dizer do «compromisso em fazer a curto prazo de Arouca, uma das regiões mais filmadas de Portugal»?

Quem conhece o pequeno vale de Arouca e o que ainda se estende para além das «serras malditas que parecem estar ali de propósito a esconder de olhos maus aquela abençoada bacia do Arda», como o viu e nele se inspirou Aquilino Ribeiro, em “O Malhadinhas”, não verá naquela pretensão qualquer coisa de inatingível. O próprio Aquilino Ribeiro para isso teria contribuído se no lugar da esferográfica tivesse uma máquina de filmar. Como já o havia feito, de resto, Rino Lupo ao tomar contacto com o conto “A Frecha da Mizarela”, que Abel Botelho tão criativamente fez incluir no livro “As Mulheres da Beira”, e ao descobrir, ele próprio, os planos e cenários que tão bem guardada preciosidade lhe oferecia.

Jaime Cortesão, “A Caminho de Arouca”, e ao tornear as serras que a ela o levavam referiu tratar-se de «…um filme de relances surpreendentes» e que «…pelo prisma da arte, a jóia, ou melhor, o tesouro revelado pela rápida excursão é Arouca e o seu mosteiro». Transpostos os «desfiladeiros selváticos», refere este autor, o visitante, «contempla cenários de écloga», «anfiteatros duma severa majestade».

Camilo Castelo Branco, imbuído em “Vulcões de Lama”, tivesse à mão a possibilidade de filmar Fermedo, onde por várias vezes estanciou, e outra pequena maravilha se nos oferecia.

E Alexandre Herculano? Tivesse com ele uma máquina de filmar quando, em Julho de 1854 visitou o mosteiro, como comissário da Real Academia das Ciências de Lisboa, para verificar o estado dos arquivos eclesiásticos, e menos ainda cumpria relativamente a este ofício.
Estanciou em Arouca dois dias, mas, as suas atenções, a avaliar pelo «laconismo dos seus apontamentos», deu-as a comentar detalhes sobre a riqueza artística do mosteiro e a beleza do local. Quem já não leu a passagem: «Torneia-se o monte e começa a descida para o vale de Arouca. A encosta e o vale igualam em beleza a Sintra, e excedem-se na vastidão.». Tivesse ele a possibilidade de levar consigo registo visual desta Sintra que encontrou em recôndito Portugal.

Mas, e a propósito daquela interessante pretensão, esta é apenas uma das muitas perspectivas pelas quais se eleva Arouca e nela se encontra argumento para tal desiderato. Enfim! À “boleia” destes renomados autores, apenas me referi ao pequeno grande vale de Arouca e dou, assim, o mote para uma eventual discussão sobre os cenários e argumentos que por cá existem para que Arouca, muito legitimamente, tenha a pretensão de ser uma das regiões mais filmadas de Portugal.

No fundo, Arouca tem potencial para ser tudo e mais alguma coisa! Haja gente que sonhe. Haja gente que permita e ajude a sonhar.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Caros colunistas,

serve este seguinte escrito como uma forma de provocação aos actuais contribuidores deste blog! Salvo a excepção do A.J.Brandão, todos os outros ainda não mostraram qualquer sinal de dinamismo ou entusiasmo para com o fundamento do mesmo.
Sei, também, que todos vós tendes uma actividade profissional que vos abrange uma grande parte do vosso quotidiano, no entanto estou certo que conseguireis se assim o pretenderdes dispor um pouco do vosso tempo para dar notícias/opiniões vossas e do mundo, ainda mais quando estou certo também das vossas inegáveis qualidades nas diversas áreas dentro da vossa esfera de vivências.( eh eh eh)
Porque acredito que poderá ser um bom local de partilha e de discussão entre todos, é que me submeti a este pequena abjecção de voltar a postar.
Não existe uma linha editorial rígida no blog, pelo que todos estão livres de postar sobre o que bem entenderem (eh eh eh)

Atentamente
P.S. Aceitam-se sugestões para futuros convidados para a Tertúlia, no café Luso, sito em Av 25 Abril, Arouca

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O "Arouca"


Não sei se muitos dos leitores estarão na mesma posição, sei desde já que pelo menos mais um dos contribuidores deste blog se encontra numa posição idêntica. Refiro-me particularmente ao nome de "o Arouca" pelo qual somos muitas vezes conhecidos aquando as nossas passagens por terras mais ou menos distante. Neste particular, creio que assume uma relevância maior os anos como estudantes do ensino superior, situação que propícia este peculiar "rebatizado"

O nome de " o Arouca" era uma das nominações pela qual era conhecido na Universidade de Trás-os-Monstes e Alto Douro. A par do meu nome próprio e o "meu nome na tuna" ( situação particular), a denominação de o "Arouca" era frequentememte referenciada quando se pretendiam dirigir a mim.

Poderá ser só impressão minha, mas nunca conheci ninguém com o nome de " o Vale de Cambra" o Castelo de Paiva" o Feirense", etc..... mais usual era já a denominação para colegas estudantes das ilhas insolares " o Madeirense" ou " o Açoreano" eram bastante comuns. Conheci também a espaços algumas pessoas como sendo " o Viseu" " o Coimbra", mas foram situações muito esporádicas.

Um pouco em tom de brincadeira proponho apresentar algumas explicações (i)lógicas para esta situação:

- O orgulho que temos em ser conhecidos como "Arouquenses" e a forma como nos assumimos como tais

- O nome Arouca é efectivamente bonito, com um excelente sonoridade que dá prazer até a quem o pronuncia repetidas vezes... ora experimentem.....

- O número de estudantes de Arouca a estudar na universidade/faculdade na qual estudavamos era de tal forma reduzido que eramos caso único

- A inveja de quem queria ser também Arouquense levava a que projectassem em nós os seus anseios.



Alguém encontra outras explicações? Mais ou menos sérias?

sábado, 10 de novembro de 2007

Não conheces, leitor, o vale de Arouca?

«Não conheces, leitor, o vale de Arouca?... Pois apressa-te a visitá-lo; que poucas paragens florescerão no país tão como aquela deleitosas e amenas, tão exuberantes de vida, tão pródigas de encantos e de frescura. A uma e outra margem do pitoresco rio Arda alastram-se feracíssimos campos de cultivo, que na primavera revestem em massa a cor deliciosa da esmeralda. Ali se aprumam rumorejantes os salgueiros, com a sua trémula folhagem bicolor; a vinha contorce as suas nodosas varas em mudas atitudes de desespero; árvores de fruto aos centenares matizam de tons corados, apetitosos, vivos, aquela extensa monotonia verde, longa, vitoriosa e tersa como a fita de uma grã-cruz; e na orla, um pouco elevados, os castanheiros verdenegros ostentam vaidosos a sua corpulência hercúlea, com uma floração ridente a salpicar-lhes a coma de claro, qual se foram marqueses empoados para alguma solene recepção. E este fecundíssimo torrão, este riquíssimo tesouro rural, tão farto de produções mimosas, tão rico de matizes e de perfumes, tão fresco e tão salutar, guarda-o vigilante e zelosa uma aprumada serrania, que de perto o cinge pelo norte, pelo nascente e pelo sul, erguendo-se em torno austera, rígida e quase inacessível, e deixando apenas ao poente um ingresso estreito e mais seguro, como tomada de justo ciúme pela sonegação daquela angustiada preciosidade.»

Abel Botelho, in "O Occidente. Revista Ilustrada de Portugal e do Estrangeiro",
VI, 1884, p. 268 e 269

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