quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Filhos da Roda - opinião


Acabei de ler o livro,recentemente editado pela AICIA, do arouquense Afonso Veiga.

É um livro de leitura fácil. Ficamos a saber um pouco mais sobre a "história" e estórias das crianças abandonadas do concelho de Arouca desde o SEc XVII até aos dias de hoje.

Não vou estar aqui a descrever o que li, vou simplesmente registar na tertúlia algumas ideias mais vincadas que me ficaram em mente:



  • Prefácio de Dr. José Armando Oliveira; bem escrito, onde o livro nos é apresentado de uma forma que nos "aguça" a vontade de o ler de imediato


  • A roda : já tinha ouvido leves alusões à roda de madeira que se encontra à porta do convento; no livro fica-se efectivamente a saber o sua real função e a forma como funcionou ao longo de quase 2 séculos... e que afinal não existe uma, mas sim duas rodas.


  • O abandono infantil em Arouca ao longo dos séc XVIII e XIX era muito elevado. Crianças que resultavam de gravidezes indesejadas, provocadas por numerosas relações e encontros sexuais mais ou menos proíbidos, e filhos de familias pobres eram as principais vítimas deste flagelo


  • Fiquei a conhecer a história do C.P.S.R.S.M, vulgo "patronato", e das gentes que construiram a pulso a instituição que é hoje em Arouca

Estas foram alguns dos "pedaços" que guardei da leitura deste livro. Algo mais há para descobrir para quem assim o desejar.


Aconselho uma leitura a todos quantos gostam saber um pouco mais de Arouca, da sua história e "estórias", suas terras e suas gentes.

E a vossa opinião?

1 comentário:

blogued'aldeia disse...

O que mais me impressionou foi a promiscuidade de interesses e as formas como o "pecado" do adultério levavam ao abandono irrealista de crianças. E mesmo dentro da classe do clero.